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Banhado
pelo mar do Caribe e favorecido por suas belas praias e pelo solo rico em
petróleo e minerais, a Venezuela, com aproximadamente 32 milhões de habitantes,
se destaca como um dos principais países da América do Sul. No entanto, uma
grave crise econômica e política vêm assolando a nação nos últimos tempos, onde
grande parte da população vive sem comida, remédios, segurança, além dos
freqüentes racionamentos de energia elétrica. Nas feiras livres de Caracas, a
capital mais violenta do planeta, jovens, adultos e até idosos, reviram o lixo
em busca de algo para comer. Nos supermercados já não se encontra quase nada, e
a inflação e baixo valor do Bolívar (moeda venezuelana) torna produtos, como o
leite, por exemplo, a preço de ouro, fazendo com que só aqueles com melhores
condições financeiras, tenham acesso a esses itens. Esse fato tem causado
impactos até mesmo em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, com os
crescentes pedidos de refúgio para o Brasil, a crescente demanda em hospitais
de Boa Vista, que recebem pacientes dos países vizinhos, malabaristas e
pedintes estrangeiros, em semáforos dos principais cruzamentos da capital
roraimense, além dos venezuelanos que estão atravessando a fronteira em busca
de alimentos nos supermercados brasileiros. Na cidade de Pacaraima, município
localizado na fronteira do Brasil com a Venezuela, a onda de estrangeiros em
direção aos supermercados é tamanha, que comerciantes de outros setores, como
materiais de construção, oficinas e lojas, expõem fardos de alimentos nas
entradas de seus estabelecimentos. Fenômeno contrário do que vinha ocorrendo há
alguns anos atrás, onde brasileiros, iam fazer suas compras no país
bolivariano, principalmente na cidade de Santa Elena de Uairén. Na data de ontem, 30 de junho, um fato que
causou perplexidade e indignação, reflexo dessa crise enfrentada por nossos
vizinhos, foi a morte de uma criança indígena venezuelana, de apenas dois
meses, que morreu no Hospital Infantil de Boa Vista, devido a forte desnutrição
causada pela fome. Agora a pergunta que nos fica é: até quando este governo do
presidente Nicolás Maduro, ficará inerte e indiferente ao sofrimento de seu
próprio povo, seu próprio país? Um governo repressor e ditatorial, com um
presidente que do alto de sua arrogância tem levado a Venezuela ao fundo do
poço. O que infelizmente ainda pode
custar à vida de milhares de pessoas e famílias de todo o país.
Robson Moreira
IMAGEM
[1] Robson Moreira