domingo, 13 de novembro de 2016

DIÁCONO MOBILIZA IGREJA E PREPARA REFEIÇÕES PARA REFUGIADOS VENEZUELANOS EM BOA VISTA

A triste realidade de refugiados venezuelanos vivendo pelas ruas de Boa Vista, motivou o dirigente de uma congregação da Assembleia de Deus a mobilizar os membros da pequena igreja, localizada
Claiton Rodrigues e outros membros da igreja preparam as marmitas
no bairro Jardim Floresta, na zona Oeste da Capital, a preparar dezenas de refeições e entregar as marmitas aos estrangeiros que passam a noite em diversos pontos da cidade.
Na primeira ação do projeto, durante a noite deste domingo, cerca de 40 marmitex foram entregues aos venezuelanos, inclusive jovens e crianças que estão dormindo na rodoviária de Boa Vista. Em um momento de muita alegria e felicidade, já que grande parte dos refugiados não encontra algo para comer no final do dia.
Claiton Rodrigues é funcionário público e diácono da igreja que realiza a ação. Ele explica que o principal objetivo é ajudar o próximo, pois esse é um dos papéis da igreja, levando também apoio espiritual aos estrangeiros.
“Sabemos que é difícil ajudar a todos que estão precisando, mas se fizermos pelo menos uma parte, podemos ajudar muitas pessoas doando esses alimentos. Tem muita gente que vai dormir sem se alimentar, nos semáforos, nas ruas e esquinas da cidade, e como igreja precisamos sair dos templos e
Refugiados recebem o alimento em frente a rodoviária de Boa Vista
nos atentarmos para este povo que padece precisando de ajuda”, disse Claiton.
Além de receberem o alimento, os refugiados também recebem orações e ouvem a mensagem pregada pelos membros da igreja evangélica. Eles também são convidados a participarem dos cultos na igreja localizada na Avenida Carlos Pereira de Melo, e na congregação as refeições também foram entregues neste domingo aos convidados venezuelanos que participaram da celebração.

Após a grave crise econômica e de desabastecimento enfrentada pela Venezuela nos últimos meses, milhares de venezuelanos já cruzaram a fronteira em direção ao Brasil, em busca de meio para
subsistência. No país vizinho faltam produtos básicos como alimentos e remédios. Em contrapartida, o desemprego e a violência aumentaram.

Ao chegarem à Capital roraimense, os refugiados vão para os semáforos pedir esmola, ou trabalham vendendo artesanatos e limpando para-brisas durante todo o dia. Posteriormente por não terem onde ficar, eles dormem em prédios abandonados ou em espaços públicos como a rodoviária internacional de Boa Vista. De acordo com o governo de Roraima, o número de pedidos de refúgio é maior que o dos últimos cinco anos no Estado. 


Alimento material e espiritual

Diácono Claiton entrega marmita a uma venezuelana após o culto
Diaconisa Oriana também participou da entrega dos alimentos aos convidados estrangeiros

Membros da igreja do bairro Jardim Floresta 1 oram por moradores de rua
Robson Moreira

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